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terça-feira, dezembro 30, 2003

DIALÉTICA

É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...

segunda-feira, dezembro 29, 2003

TU DISSESTE

Tu disseste "quero saborear o infinito"
Eu disse "a frescura das maçãs matinais revela-nos segredos insondáveis"
Tu disseste "sentir a aragem que balança os dependurados"
Eu disse "é o medo o que nos vem acariciar"
Tu disseste "eu também já tive medo. muito medo. recusava-me a abrir a janela, a transpôr o limiar da porta"
Eu disse "acabamos a gostar do medo, do arrepio que nos suspende a fala"
Tu disseste "um dia fiquei sem nada. um mundo inteiro por descobrir"
Eu disse "..."
Eu disse "o que é que isso interessa?"
Tu disseste "...nada"
Tu disseste "agora procuro o desígnio da vida. às vezes penso encontrá-lo num bater de asas, num murmúrio trazido pelo vento, no piscar de um néon. escrevo páginas e páginas a tentar formalizá-lo. depois queimo tudo e prossigo a minha busca"
Eu disse "eu não faço nada. fico horas a olhar para uma mancha na parede"
Tu disseste "e nunca sentiste a mancha a alastrar, as suas formas num palpitar quase imperceptível?"
Eu disse "não. a mancha continua no mesmo sítio, eu continuo a olhar para ela e não se passa nada"
Tu disseste "e no entanto a mancha alastra e toma conta de ti. liberta-te do corpo. tu é que não vês"
Eu disse "o que é que isso interessa?"
Tu disseste "...nada"
Eu disse "o que é que isso interessa?"
Tu disseste "...nada"

O vôo dissoluto

Amar,
Amar-te intensamente.
Convencer-te dos delírios humanos,
Das felicidades emanentes
E dos ânimos dormentes.
Sem ti,
Sem as vicissitudes do banal,
Quedaria em mundanismo.
Que viva a beleza do presente
E seja ela eterna,
Qual castidade de sentimentos
Que ora se nos depara.

R.P.

sexta-feira, dezembro 26, 2003

E as boas festas?... bom, faço eu as honras da cas:

espero que tenham todos tido um péssimo Natal, com muitas meias, cuecas e chocolates velhos e que a comidinha, para além de má, não tenha tido a melhor recepção nos vossos antros gástricos!

Beijinhos

terça-feira, dezembro 23, 2003

Delírios Humanos

Grandes momentos passámos,
Quando sucumbimos aos prazeres da natureza.
Cercámo-la
E despercebidamente conjugámo-nos com ela.
Os rochedos que espreitavam na serra,
As árvores que ensombravam,
Faziam parte de um todo,
Do qual também nós lhe pertencíamos.

R.P.

segunda-feira, dezembro 22, 2003


LARGA AS DROGAS!

.
Hoje, pela 1a. vez, olhei para o blog cara a cara e veio-me uma merda à cabeça:

Até onde vai o céu que se afunda no teu cabelo?

Quem quiser continuar... Não sei se "nos teus pintelhos" fica melhor que "no teu cabelo"... Diz-se "pintelhos" ou "pentelhos"?

..
Aproveito para divulgar um site à maneira. Um gajo que bem podia ser nosso amigo...como outro marmelo qualquer:

http://www.vanadia.com

Agora vou lavar o cú com água de malvas.


Um abraço rígido do vosso,
PILERECTA


sábado, dezembro 20, 2003

Felicidade...
Até onde o brilho da imaginação
Pode chegar,
Flutua a nave das sensações,
Que num calmo rio
De almas perdidas,
Procura a península da felicidade.

R.P.

sexta-feira, dezembro 19, 2003

grrrrrrrr
Quem ousa mencionar o nome da Princesa em vão?
Palpita no ar a aproximação de uma intempérie. Criaturas rebeldes, denoto nas vossos palavras uma frustração vertical, que não deverá ser mais do que desejos horizontais não consumados. Atenção, que esta Princesa além de pequenina e redondinha como qualquer boa sardinha, foi em outros tempos uma bruxa má e há certas coisinhas ruins que não esquecemos de como as fazer. Portanto, meus caros senhores e senhoras, diminuição capilar ou aumento de celulite será a primeira praga.

A Princesa ( a verdadeira, a única)

Eu não sou princesa (sim, confesso, perdi o título para uma jeitosaça qualquer...) mas tenho curvas mais do que suficientes para dizer que não sou chata...



Maçadores... É o que vocês são. Maçadores...
E esse que se chateia com facilidade, porque não nos surpreende com algo de verdadeiramente bom? Deve andar ocupado com a sua vidinha miserável.
Estou farto de revoltados neste blog.
Façam algo, amibas de merda!
Fácil é criticar, mas construir torna-se mais complicado.
Diz lá, enfadado insuportável, qual é a tua solução?
O emigrante não é chato. É mais para o redondo. Quanto à princesa: ?.

ass: O Emigrante
língua mole em pedra dura, tanto dá até que fura... Ou isso.
Deves estar de mal com a vida! Vai para as termas. Descontrai!
Mas enquanto isso não acontece, porque não nos brindas com algum radicalismo, alguma dinâmica, alguma bifidez?
chatos os que vomitam
chatos os que metem nojo
chatos os "poetas"
chatos o emigrante e a princesa
chatos os que têm nojo
chatos os que provocam vómitos

chateado estou eu de vos lêr, que a única coisa interessante que têm para dizer é que se metem nojo uns aos outros...e asco...e aquele gajo que usa um poema depressivo para parabenizar outro (q coitado não tem culpa nenhuma!)

voçês são todos uns monótonos

que tal mudar o nome de lingua bífida para lingua mole ou lingua monótona...

é... sabe cantar melhor o caquético do João Gilberto...

quinta-feira, dezembro 18, 2003

Por falar em cabras:

... mais valia o Zé Cabra!
Nick Cave?
Esse palhaço nem sequer sabe cantar!
Por falar em cabras:

há cabras e cabrinhas
cabrinhas e cabrões
as primeiras gostam de ervinhas
os últimos têm colhões!

quarta-feira, dezembro 17, 2003

Blog
Obrigado a todos que têm contribuído para este blog.
Tenho andado com problemas de digestão e por vezes fico tão indisposto que a única forma de aliviar esse sofrimento é ler o blog. É remédio santo, pois vou logo vomitar.
Cheguei à conclusão que, afinal, vocês não me metem nojo, como diz o/a outro/a. Vocês fazem-me é sentir ASCO. ASCO, meus caros.
Insuportáveis...
Talvez seja uma pergunta retórica mas tudo isso tem a ver com o amor. Ou com a falta dele...
Publicidade Enganosa

Está certo reconheço todas as acusações
menti eu sei sabia desde o princípio
todos o fazemos
é a maneira de vender o produto
que queres que te diga
não sou quem andavas à procura
sim sou um porco
um grandesíssimo cabrão
um filho da puta... mas diz-me
que tem tudo isso a ver com o amor?

Pablo Casado

Ass: o emigrante
Segredos de Amantes

Noc! Noc!
Quem é?!

SECAAA!!

Adeus.

terça-feira, dezembro 16, 2003

Espero com isto acalmar os mais enervados.
Calma senhores...


Segredos de Amantes

Quando avistares o mar,
Procura ouvir o canto
Das ondas que vêm debandar
Como lágrimas de pranto.

Descobre-lhe mil segredos,
Em espuma transformados
E joga-lhe os teus medos
De sonhos não consumados.

Agarra o sol poente
Escondido a jusante,
Que é ele que pressente

Este amor incessante.
Escuta paixão ardente,
Deixa-me ser teu amante.

R.P.

Já te mandei ir apanhar na peida, hoje?
Em caso negativo, aproveita a deixa...
Tenho a certeza que uma cabra de Cabo-Verde tem mais alma que tu, palhaço, por isso nem ela se deleitaria com as palavras que vomitam para aqui.

Mas tu, a quem tudo mete nojo (deves ser um enjoadinho de merda!), porque não alimentas TU a alma dos que por aqui passam? Falta de capacidade, não?!
Todos vocês me metem nojo.
E perguntam porquê?!
Eu respondo que é devido aos vossos textos insípidos, cujo papel apenas serviria para alimentar cabras esfaimadas em Cabo Verde.
Como podem notar estão a perder o vosso tempo. Emigrem para Cabo Verde e façam algo de útil. Já que não conseguem alimentar a alma a uma pessoa, pelo menos alimentem as cabras com a vossa verborreia infeliz.
Numa terapia de grupo perguntou-se a três alunos:

O QUE GOSTAVAM QUE DISSESSEM DE VOCÊS NO VOSSO FUNERAL?

O 1º disse:
- Que eu fui um grande médico e um óptimo pai de família.

O 2º disse:
- Que eu fui um homem maravilhoso, excelente pai de família e um professor de grande influência positiva no futuro das crianças.

E o 3º rematou:

- Gostava que dissessem: "OLHA, OLHA, O GAJO ESTÁ A MEXER-SE!!!"


Estou a ver que voltou a inspiração...
Ao poeta (poetisa?):

Que coisa mais linda!
Obrigadíssimo
Dedicado a todos quantos me metem nojo (vocês!):

O Natal é uma andorinha
que rasteja pelo chão
cortaram-se-lhe as patinhas
e eu não tenho pena, não!

O Natal foi um pirú
que asas chegou a ter
já só tinha era patinhas
eu ouvi-o... Ah! Já sei: estava a gemer!

sexta-feira, dezembro 12, 2003

Camaradas
Abriram as bilheteiras para o concerto no Centro Cultural de Belém do Nick Cave, dia 24 de Fevereiro.
Não vou referir nomes, porque me recuso a identificar amigos neste blog.
Antes te parabenizo, fantástica Víbora.
Que tenhas um dia feliz, na companhia daqueles que muito te estimam.

PS - Perdão às outras Víboras por esta felicitação aprazível, mas o momento assim o requer. Porém, a todos os outros um muito mau dia.
Foi propositado, no bom sentido, o texto do Lou.
Tudo depende dos olhos com que o lês...!
Berrones

Meu Amigo Bruno Berrones,

um grande abraço.

Ass: o emigrante
Parabéns Víbora Berrones, no masculino!
espero que o maninho abaixo que resolveu pôr o texto do Lou Reed tenha a noção que talvez não seja o ideal para "congratular" alguém de parabéns...mas se calhar é de propósito...
parabéns a você....
parabens maninho dele...
daqui é o "ditador de merda"
os meus parabéns ao dono/a dos peidos e da sua casa de banho!!!!
ao/à coninhas dono/a das colagens de poemas...mto obrigado por ter exposto a opinião...sempre deu para agitar a merda maravilhosa deste (ainda há-de ser) supremo blogg por um dia!!!!
o blogg dos bloggs

vamos lá ver se melhora....nojentos!

Para ti, maninho: PARABÉNS!

Perfect Day

Just a perfect day
Drink sangria in the park
And then later, when it gets dark, we'll go home
Just a perfect day
Feed animals in the zoo
Then later a movie too, and then home

Oh it's such a perfect day
I'm glad I spent it with you
Oh such a perfect day
You just keep me hanging on

Just a perfect day
Problems all left alone
Weekenders on our own
It's such fun

Just a perfect day
You make me forget myself
I thought I was someone else
Someone good

You're going to reap just what you sow

quinta-feira, dezembro 11, 2003

O espectáculo na minha casa de banho é seguramente mais bonito que a tua fronha e o teu poema infeliz. As palavras nele contidas têm uma bifidez menos mordaz que um peido meu.
Metes-me nojo.
Parece que, afinal, não aprecias palavras bífidas!
Fico feliz em saber que já te fiz vomitar uma vez (pelo poema que colei).
Tens que me convidar para ir à tua casa de banho: deve ser um espectáculo lindo de se ver!


Não me desculpem a intromissão, mas será que tu iluminado de merda ou iluminada de merda já tiveste a capacidade de fazer essa gestão?
Se calhar ainda não ousaste colocar algo realmente bífido nestas páginas. Andas a fazer colagens de poemas que já me fizeram ir à casa de banho três vezes para vomitar. Metes-me nojo, mais o teu discurso pseudo-esclarecido.
Na peida fazia-te piar menos...
Vai-te foder, ditador de merda!
Há quem tenha a capacidade de gerir bifidez e poesia e de a passar para o blog. Pena que não és um desses 'blogueiros'.
Pró caralho!
olha aqui está alguém esclarecido...finalmente!
acho que há para aí uns "blogueiros" que se esqueçeram do nome e da necessidade deste BLOGG.
o nome é Bífida...
Lingua Bífida...
como as cobras...

entendem?
assinamos Vibora negra...podia ser cascavél ou capelo...
Pelo que vejo (leio) deviamos mudar para lingua de verme...primeiro pq não a têm e depois pq metem NOJO!!!! como todos voçês que insistem em escrever poemas...
ainda por cima bonitos!!!
não, não!!! essa merda não é para este BLOGG... é para outros!!! (com o devido respeito aos outros)
aqui é desejado um outro tipo de merda!!!

como esta que acabaram de ler.

Eugénio de Andrade

Caro Emigrante,

a vida (também) é feita de lembranças: tristes, belas,...

Relembrar as coisas tristes não faz de nós necessariamente pessoas tristes...

Ainda bem que gostou do poema, mesmo sendo lindo de tão triste.




quarta-feira, dezembro 10, 2003

Com o Natal à porta, deixo-vos uma sugestão:

ARTESANATO VOLTA AO PICOAS
Mais de 140 artesãos de 40 países participam na 12ª edição da Venda de Artesanato Internacional, a decorrer entre os próximos dias 12 e 22, no Fórum Telecom (Fórum Picoas), em Lisboa.

Posso acrescentar que se podem deliciar com umas sandes de presunto com queijo da Serra e, porque não, acompanhá-las com um copito de vinho...!

Aquele Abraço!
Eugénio de Andrade

Caro Camarada de Blog,

o poema que colocou à nossa disposição é um poema lindo de tão triste.

Gosto que me relembrem das coisas belas.

Ass: O Emigrante
Importante
Meus queridos (todos sem excepção),
Como já deve ser do vosso conhecimento, o Nick, o grande, o fabuloso e único Cave, vem a Lisboa para um concerto no Centro Cultural de Belém, dia 24 de Fevereiro, (os rumores dizem que também será no dia 25, mas não está confirmado).
Um ou dois, a sala será demasiado pequena para a quantidade de pessoas que pretendem assistir ao concerto, pelo que, e aproveitando os conhecimentos, posso reservar bilhetes antes da bilheteira abrir, que será dentro de 2 ou 3 dias.
Deixo os preços dos bilhetes (mas isto não é público, portanto não divulguem) e os interessados que se manifestem, para o tm ou para o mail do deslizar no sonho.

1ª e 2ª plateia - 50 euros
1º balcão – 40 euros
2º balcão – 35 euros
Camarote frente – 50 euros por pessoa (dá para 6)
Camarote lado – 40 euros por pessoa (dá para 6)

Quem é amiga, quem é?
A Princesa, tá claro. E também é amiga do Emigrante :)

Uma questão de consciência esclarecida IV.1 - versão final

Linda Princesa,

estamos amigos (?).

Um beijo menina.

Ass: O Emigrante
Uma questão de consciência esclarecida IV

Meu querido Emigrante,
Publicamente apresento as minhas desculpas pelo errado julgamento que fiz das suas palavras de apoio incondicional ao Amor, à Paixão e à Poesia. Não as entendi como tal e, na pressa tempestuosa de uma resposta que me é característica (podeis chamar-me de bruta, mas não mais do que uma vez), sinto que o melindrei.
Como prova do meu apreço e na expectativa de indulto, deixo-lhe um poema:

Fumo
Longe de ti são ermos os caminhos,
Longe de ti não há luar nem rosas,
Longe de ti há noites silenciosas,
Há dias sem calor, beirais sem ninhos!

Meus olhos são dois velhos pobrezinhos
Perdidos pelas noites invernosas...
Abertos, sonham mãos cariciosas,
Tuas mãos doces, plenas de carinhos!

Os dias são Outonos: choram... choram...
Há crisântemos roxos que descoram...
Há murmúrios dolentes de segredos...

Invoco o nosso sonho! Estendo os braços!
E ele é, ó meu Amor, pelos espaços,
Fumo leve que foge entre os meus dedos!...

(Florbela Espanca)

Beijos embrulhados em poesia
A Princesa
"Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.

Às vezes tu dizias: teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava, porque ao teu lado todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já se não passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus."

Eugénio de Andrade
O Natal cheira mal.
O Natal cheira a cócó.
Poluamos o Natal,
Viajando de pópó.

Boas festas não desejo
Nesta quadra de Natal.
Mando antes um só beijo,
Venenoso e letal.

Toda a vossa simpatia
Mudará durante a ceia.
Que o perú vos faça azia,
E as filhoses diarreia.


Eternamente tu...
Obrigado eu, Coraçãozinho!
Todos vocês me metem NOJO!
...
...
...
na tentativa de vos/nos dirigir a maldade, proponho: e que tal temas? O do amor desde já em suspenso pois não está a tomar o tratamento que lhe é merecido. Passamos ao do Natal?!
Cuspos e pisadelas nas mãos para todos!Até mais.
Então, malta!
Que é feito dessa bifidez de língua?
Andam a poupar-se para as "Péssimas Festas"?
Que é feito dos ataques dirigidos, não dirigidos, subliminares?
A todos vocês, uma péssima semana!
Obrigado.
Continuas a ser a minha estrela e hás de continuar a sê-lo até à eternidade.
Mais uma vez obrigado.

terça-feira, dezembro 09, 2003

Uma questão de consciência esclarecida III

Minha linda Princesa,

é com profunda tristeza que me vejo obrigado a responder ao seu post sobre o assunto em título. Não que eu não goste de comentar os artigos dos meus camaradas de blog mas fico triste quando as pessoas (principalmente a menina) não me entendem ou, pior, entendem tudo ao contrário (foi o caso). Foi claro para mim que não leu o post objecto da minha violência.
O meu post foi, precisamente, um grito de apoio ao Amor, à Paixão e à Poesia (sem reservas). Contra quem (n)os olha de "cima". Contra quem não se entrega e faz disso a sua filosofia não por ter medo mas porque se considera superior aos outros por isso.

Todos podemos ter opiniões diferentes. Prazer é: discuti-las (com paixão (=violência?) porque não?).

Prefiro a Sophia.

Um beijo menina.

Ass: O Emigrante

segunda-feira, dezembro 08, 2003

Let the happiness in

Listen to the waves against the rocks
I don't know where they've been
I'm waiting for the skies to open up
And let the happiness in

Oh, let the happiness in
Diz-me porque te amo, se te odeio.
Diz-me porque te quero, se te afasto.
Diz-me que a vida que tanto anseio,
Vale o sofrimento em que me gasto.

Diz-me porque te ignoro, se te adoro.
Diz-me porque te espero, se não quero.
Diz-me que as lágrimas que eu choro,
Vão secar no peito que venero.

Diz-me porque te demoras em me amar,
Quando os meus braços te rodeiam,
Quando os meus beijos por ti anseiam,

Nesta esperança de te enlevar.
Diz-me que a tristeza vai passar.
Destes olhos que incendeiam.

domingo, dezembro 07, 2003

A menina e o mar

Há uma menina que tem nos olhos o brilho das estrelas. Quando a conheci, lembro-me de a ver junto à praia a contemplar o mar. Era Inverno. Perguntei-lhe o que fazia sozinha, sentada na areia. Disse-me numa voz esperançosa que esperava que as ondas lhe trouxessem a vida que há muito sonhava. Envergonhado, sentei-me a seu lado e chorei.

sábado, dezembro 06, 2003

A ti, Robin, fantástico contador de estórias...

Hoje, de manhã, em busca de livros e música para presentear aqueles de quem gosto, dei por mim ao lado de uma mesa, de uns 15m2, cuja superfí­cie estava à  pinha com milhares de edições desses Paulos Coelhos, Ritas Ferros, Tias da linha... SEI Lá! Livros do Kamasutra para homem, e Kamasutra para mulher (Livro separados para Homem e para Mulher?! Alguém me consegue explicar isto?! sempre pensei que o prazer devia ser partilhado... a falta de imaginação, ou a monotonia, não poderiam ser 'combatidas' apenas com um Kamasutra que pensasse no bem estar dos dois companheiros? Ou já há por aí­ tanta novidade, nesse mundo bom e confuso do prazer, que justifique separar as águas? Devo estar, infelizmente, a precisar de me actualizar...). Mas, passando à  frente... Por baixo, junto aos meus pés, lá pairavam uns Dostoievskys, uns Herman Hesses, uns Antónios Aleixos, e outros que tal.

(...Fazer o quê...?!)

No que respeita ao Blog... A maravilha destes encontros está no poder sonhar e acreditar. No poder rir e, porque não, desabafar. No não saber quem está do outro lado mas, ao mesmo tempo, reconhecer palavras, expressões ou entoações, tão próprias de cada um de nós. No poder vestir a pele de outros, que por aqui andam, e lançar a confusão! Tudo isto é, a meu ver, delicioso.

"Conta-me 'estórias' daquilo que eu não vi..."

Beijos.
Comentário aos Comentários
Não concordo com a proposta da Princesa para utilizarmos nicks. Para já não quero ser conhecido por Víbora Nick, pois sempre fui o Robin na escola preparatória. Por outro lado, acho que é muito mais sensacional não saber quem escreve as matérias. A curiosidade e o mistério ficam sempre a pairar no ar.

Aproveito também a oportunidade para fazer apenas um reparo ao iluminado comentário da esclarecida poetisa psicóloga: A poesia não revela maturidade e vice-versa. Não me refiro em concreto à  notável poesia que por aqui tem vindo a ser lembrada, mas sim aos poemas imberbes que todos já escrevemos, aquando perdidos de amor. Refiro-me também à  inúmera poesia que pulula nas prateleiras das livrarias e que nem toda é excelsa, nem toda tem o condão. Comparativamente temos diversos escritores que anualmente publicam livros como quem enlata sardinhas. Serão os casos do recordista de vendas Paulo Coelho, cujos livros ficam aquém até da «Anita vai à  Praia», ou da Margarida Rebelo Pinto que deveria ser proibida de escrever barbaridades desprovidas de qualquer interesse.

Resta-me referir que poesia em exagero poderá tornar-se enfadonha, em especial por não ser original, e que aqui temos a possibilidade de podermos brilhar por nós próprios, através dos nossos comentários, crónicas, textos, aforismos, poemas...
Deste modo, mais uma vez sejam todos muito bem-vindos a este blog, sejam vocês emigrantes ou princesas. Continuem a contar-me "estórias". Continuem a fazer-me sonhar.

O melhor poema foi-nos trazido através de uma fotografia, a qual me fez acordar sensações que já pareciam longínquas.
Muito obrigado, Víbora!
Porém, não será arriscado partilhar esta praia que se encontra tão perto do paraíso?


Praia da Cordoama
Uma questãoo de consciência esclarecida II
Meu caro emigrante,
Ou será mais correcto, minha cara Linda de Suza?
Peço desculpa, mas esse eriçarr de pelos nas maminhas suscitou-me dúvida. Estarei a falar com uma senhora de pelos no peito ou com um cavalheiro de glândulas mamarias avantajadas? Mediante a incerteza, aqui ficam as duas alternativas para que escolha a que melhor lhe aprouver.
Mas vamos ao que interessa. E interessa, antes de qualquer outra coisa, esclarecer que, embora Princesa, sou lusa e como tal, tenho também entranhado o tal bichinho da psicologia. Portanto, vamos à análise.
Já está deitado? Adiante.
Constato alguma violência nas palavras que deposita nesta página e, principalmente, para com aqueles que, bondosamente, declamam o amor. Estamos (as maminhas e os pelos) com problemas amorosos?
Pode contar tudo. Sou uma boa ouvinte e ajudarei em tudo aquilo que estiver ao meu alcance. (Claro que não, as quecas não estão incluídas neste serviço).
Mas avancemos. A consciência do amor descoberto, sentido ou sofrido revela, a meu ver, maturidade e, considerará exagero com toda a certeza, mas é também sinónimo de um espirito poético. Temos dois problemas evidentes, falta de maturidade e falta de poesia. Não se preocupe, tudo tem cura e o melhor remédio para estes casos é o Amor. Apaixone-se, sem medos e sem reservas, com o tal lambuzamento que fala. Lambuze-se no amor, independentemente do número de nódoas marcadas no peito.
Em relação aos outros, aos puta que pariu, não deverá esquecer que não somos todos iguais, graças a deus e graças ao amor.
Compreendo a sua irritação, mais ou menos como a minha, pois as consciênncias mal esclarecidas deixam-me sempre com a penugem braçal eriçada.
Resumindo, esclareça a sua consciência e deixe-se de abordagens à pedrada, pois à  pedrada não vai o amor à  fonte, e não se esqueça, os homens não vivem sem poesia.

A Princesa

Bem...
Ora bem...
Ora cá estamos...
Programas para o fim de semana? (Ainda somos todos amigos?? Felizes?? Porreiros da vida??)
Os que não são, façam um favor... EMIGREM!
Mas tu, emigr_ante, volta, tás perdoado!

Para ti que estás chateado, amuado, ensonado, cagado, acabado... pró caralho!!
Se não queres mensagens dirigidas (será que o são?!) compra a revista LER. E desculpa mas... esta mensagem é, definitivamente, dirigida!

Para rematar (à baliza... de penalti!) demasiadas pessoas no blog?? O grupo está demasiado grande? Foda-se, faz uma lista se tens tomates!! Elitista de merda!

De volta ao Amor:

I Love you, em inglês
Je t'aime, em francês
Só pra te dizer
Que te amo, em português


Estamos de mangas arregaçadas à vossa espera! Apareçam! Juntem-se a nós!


sexta-feira, dezembro 05, 2003

Uma questão de consciência esclarecida :

Ah! Ah! Ah!

Adoro conscientes. E esclarecidos então! Ui! Até já me estão a eriçar os pelos das minhas maminhas.
Ó filho, o que tu já não sabes (ou não te lembras) é como é bom lambuzarmo-nos num grande amor (ou pequeno, passando pelo médio, claro).
Deixa a consciência e o esclarecimento para as folhas de excell, para o IRS e essas merdas...
Detesto esses meninos(as) que nos olham de alto abaixo quando rastejamos por eles e lhes dizemos que os amamos: - Desculpa filha(o), não estou esclarecido(a) quanto à minha consciência em relação a ti (?) !!!

Puta que os pariu!!

Ass: o emigrante (emigr_ante@hotmail.com)
Proposta
Para um bom desentendimento é conveniente a identificação. É essencial conhecer o destinatário da porrada, portanto, tal qual o Pintinho, penso eu de que, seria interessante que cada um de vós se identificasse, um nick, por exemplo, e assim, a canalização de um arremesso bem dado potencializaria a salutar discórdia.
Quem assim vos fala é a entendida na matéria.
A Princesa

P.S. E sim, gosto de Florbela Espanca...

Eu, ao contrário, acho que este blog está a começar a aquecer. Já que nós criámos um blog que está quase a viver em autarcia e segregação, parece-me que pelo menos já encontrámos o caminho para nos desentendermos todos. Fixe! Vai haver porrada...
este blog está chato... demasiadas pessoas a escrever nele (?). Concordo plenamente com a opinião que refere as "mensagens dirigidas"... Mais chato ainda... De qualquer modo, muito obrigado a quem nos proporcionou o prazer do Blog. Estou fã da blogosfera.
De volta ao Amor:
Se denominas de "pessoas desiludidas" pessoas que passaram de um estado de ilusão a um estado mais consciente(neste caso em relação ao Amor), sim, eu sou uma delas.
No entanto não atribuo à desilusão esse sentimento de "bora lá ficar doentes". Muito pelo contrário. Desilusão, para mim, é uma tomada de consciencia e tudo o que me torna mais consciente, torna-me mais esclarecido,menos susceptível de fazer más avaliações.
Dizes que "Amor, quando é Amor, é uma excelente cura...! "- Eu pergunto: cura o quê? Outro amor (doença)?
Acho que estás a dar sentido ao poema...
No fundo é uma pura questão de identidade pessoal face ao amor, nada mais.



Cariños,
Descontraiam-se, por favor!! Proponho o seguinte exercício:

Fica onde estás ( sentado na cadeira ).
Levanta o teu pé direito e começa a fazer movimentos circulares no sentido horário. Enquanto isso (mantém-te afazer o movimento com o pé), levanta a mão direita e tenta escrever o numero 6 no ar. Pois é, o teu pé automaticamente mudará o sentido do movimento!




Apenas um comentário
A julgar pelo que leio ultimamente neste blog, os poemas que aqui vêm citados ou valem pela sua beleza e não mais que isso ou, pelo contrário, trazem mensagens dirigidas a alguém que anda por aí e por isso valem pela sua bifidez. Já me coloquei a questão se não valeria a pena pensar num outro nome para o blog, do género: Apoesiadomalestar.
Meus senhores e minhas senhoras «Bola p'rá frente que atrás vem gente». O mundo não é tão redutor ao ponto de se resumir ao mal de amor, à saudade e à ausência. Usufruam o que de bom está à vossa frente e não se escondam no pessimismo. Quando é que vou poder ler alguma poesia ou texto mais optimista, positivo e ensolarado?
Mais uma vez tenho que concordar com as estatísticas: Portugal é o país da União Europeia, onde as pessoas são mais tristes. Vamos também nós dar continuidade a essa vivência e consumismo desenfreados de nostalgia, saudade e fado ou vamos aproveitar a alegria que nos une e que nos diverte para tornar as nossas vidas mais coloridas?!
A Florbela era muita maluca... :)
Resumindo... DELICIOSO!
Resumindo
O amor, a poesia, a saudade do sentir, Florbela Espanca.
Poderíamos afirmar, «quem Espanca seus males espanta» (obviamente que não falo de porrada).

Saudades
Saudades! Sim... talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como pão!

Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!

Florbela Espanca

Ainda em relação ao Amor...

"Pra nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura! "

Parece que há entre nós pessoas desiludidas...
'Bora lá ficar doentes!
Porque Amor, quando é Amor, é uma excelente cura...!


Meus Queridos

Desconfio que quem adora rir e não achou piada ao machismo não foi uma menina. De qualquer forma, eu gostei do texto, e tenho esperança que o derradeiro parágrafo fosse apenas sarcástico, como que quem o escreveu se colocasse na pele do tipo que dava porrada, e que não fosse um qualquer comentário machista.


Ausência
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, dezembro 04, 2003

Ainda sobre o amor:


Olá Amor
Estranha flor
Tens o poder
Do meu sofrer
E o segredo
Do meu degredo
Doce Amor
Negra flor
Doce Amor
Amarga flor
A ti pertenço
Só em ti eu penso
Por ti me afundo
Adeus ó Mundo
Estranho Amor
Negra flor
Doce Amor
Amarga flor
Queres-me animal
Para tratares mal
Como um capricho
Deitado ao lixo
Doce Amor
Negra flor
Doce Amor
Amarga flor
Carícias garrotes
Abraços chicotes
Cálices de mel
Cheios de fel
Estranho Amor
Negra flor

[Adolfo Luxúria Canibal / Miguel Pedro]


A cidade está deserta,
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga! Ora doce!
Pra nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura!

(Ornatos Violeta)

Essa do swing tem água no bico.
Andam desertos para se embrulharem todos, mas não vejo nada. É só garganta! Mas nada como combinar essa aventura. Primeiros, primeiros...
Espero também que quem tenha recusado o swing seja do sexo masculino. Deste modo, sempre fica mais uma miúda para disfrutar.
Quanto à menina que adora rir, o comentário que aqui foi feito parece-me que lhe avivou à memória um passado negro de sevícias e pancadaria.

Rir

Adoro rir... Hoje descobri uma coisa: não rio com piadas machistas... enfim...


swing não!
O dia-a-dia nesta cidade, é mesmo assim.... Já nada choca.
Mas... a cena da varanda deixou-me a pensar. Com este frio?!... não será pedir demais?!
Sempre estamos mais próximos do swing! Toca a combinar isso!!



Manhã
Hoje, quando cheguei ao meu carro levei uma rabecada, até simpática, de um agente da PSP, porque tinha o carro estacionado em cima da passadeira que fica em frente à escola.
Já a caminho do trabalho a descer uma ladeira dou de caras com uma senhora de idade avançada que subia a custo a mesma ladeira. A pobre coitada de costas curvadas e corpo franzino, emagrecido pelos tempos difíceis, tinha um ferimento na testa que ainda sangrava. Provavelmente teria caído há pouco, devido à subida agreste e escorregadia. Metia dó! Estive quase para parar e perguntar se necessitava de ajuda. Porém, não tive tempo para o fazer, pois já um cão se atravessava no meu caminho. Escanzelado, teimava em seguir à frente do meu carro. O desgraçado tiritava de frio, o que lhe toldava os sentidos. Tive que apitar para me fazer sentir. Lá se desviou e eu segui carreira.
Com tantos desaires numa hora de vida, sabia-me bem ter visto uma gaja a masturbar-se numa varanda.

Direitos da Mulher
Esta senhora que se queixa de ter levado porrada do marido é uma mal agradecida. O homem trabalhava que nem um boi para trazer dinheiro para casa e a puta ainda se queixa?! A cabra devia torrá-lo todo em merdas e depois queria que ele lhe desse amor e beijinhos?
Levou porrada, porque merecia...
Estava mesmo a pedi-las, a cadela!
Que isto sirva de exemplo para todas as gajas que só sabem exigir e que sugam um gajo até ao tutano.
Para a próxima que receberem flores já sabem que andam a fazer cagada da grossa...

"Hoje Recebi Flores!

Não é o meu aniversário ou nenhum outro dia especial;
tivemos a nossa primeira discussão ontem à noite e
ele disse muitas coisas cruéis que me ofenderam de verdade.

Mas sei que está arrependido e não as disse a sério, porque ele enviou flores hoje.

Não é o nosso aniversário ou nenhum outro dia especial.

Ontem ele atirou-me contra a parede e começou a asfixiar-me. Parecia um pesadelo, mas dos pesadelos acordamos e sabemos que não é real. Hoje acordei cheia de dores e com golpes em todos lados. Mas eu sei que está arrependido porque ele me enviou flores hoje. E não é São Valentim ou nenhum outro dia especial.

Ontem à noite bateu-! me e ameaçou matar-me. Nem a maquiagem ou as mangas compridas poderiam ocultar os cortes e golpes que me ocasionou desta vez. Não pude ir ao emprego hoje porque não queria que se apercebessem. Mas eu sei que está arrependido porque ele me enviou flores hoje. E não era dia da mãe ou nenhum outro dia.

Ontem à noite ele voltou a bater-me, mas desta vez foi muito pior. Se conseguir deixá-lo, o que é vou fazer? Como poderia eu sozinha manter os meus filhos? O que acontecerá se faltar o dinheiro? Tenho tanto medo dele! Mas dependo tanto dele que tenho medo de o deixar. Mas eu sei que está arrependido, porque ele me enviou flores hoje.

Hoje é um dia muito especial: É o dia do meu funeral.
Ontem finalmente conseguiu matar-me. Bateu-me até eu morrer.
Se ao menos tivesse tido a coragem e a força para o deixar...
Se tivesse pedido ajuda profissional... Hoje não teria recebido flores!"

é tão estranho isto acontecer... Para além da doença, o que leva um homem a fazer isto?...

quarta-feira, dezembro 03, 2003

depois desta triologia, deparo-me com a questão:

Somos felizes sem amar?

parece que não...

terça-feira, dezembro 02, 2003

Amor que morre
O nosso amor morreu... Quem o diria!
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!

Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia...

Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos para partir.

E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De outro amor impossível que há-de vir!

(Florbela Espanca)
É caso para dizer:

Vou amar-te até que o tempo se esgote.
Vou amar-te até te esquecer.
Neste mundo tão frágil e enfermo,
Onde me afastas neste ermo,
Hei de um dia renascer.

(Eu)
"Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo.
Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa."

in Coral, de Sophia de Mello Breyner Andresen

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