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sábado, novembro 29, 2003

Comentário ao artigo «Trouble and Desire»
No último artigo publicado pela flordeobsessao, o escritor desenvolve uma teoria interessante sobre cinema e literatura. Mal ou bem teremos que concordar em parte com ele quando diz que a primeira frase de um livro capta a atenção e as emoções do leitor. Já no que diz respeito ao cinema, será a última cena a ditar a sentença do filme. Porém, não nos podemos esquecer que as grandes obras valem por si próprias e não podemos ser tão redutores ao ponto de as vincularmos a um início ou a um fim. No entanto terei que concordar que o final de um filme é importante para a satisfação de um espectador, na medida em que as suas sensações e expectativas estão ao rubro.
Lembro-me que quando assisti ao supracitado «Breaking the Waves» do Lars von Trier fiquei maravilhado com o final, ao contrário de muitos espectadores que riram a bandeiras despregadas. Será que ainda hoje não perceberam o final metafórico com que o dinamarquês nos presenteou? As badaladas dos sinos não eram mais do que um sinal divino, o reencontro da personagem com Deus, a redenção da personagem. Talvez o público em geral ainda não esteja preparado para estas temáticas. Fazia-lhes falta passar os olhos pela filmografia do Carl Dreyer ou do Ingmar Bergman. Afinal, a cultura escandinava não é de todo idêntica à latina e o cinema não tem que ser abordado sempre de forma realista. O sonho e a fantasia têm que continuar a ter um lugar cativo na película, pois de contrário as mentes das pessoas tornar-se-ão cada vez mais cinzentas.
Resta-me referir que os finais de um filme têm toda a legitimidade em ser optimistas ou pessimistas, desde que passem uma mensagem capital.

Lisboa
Ainda dizem que não se passa nada na cidade branca. Durante a semana que passou não parei um segundo. Fui ao Lux ver os X-Wife e os Liars; faltei ao concerto dos Peste & Sida para jantar com os meus pais; desisti do concerto da Ursulla Rucker para ir a uma festa no Bar Tóquio; tive ensaio com a minha banda; e hoje há uma festa na Caixa Económica Operária onde a temática serão os anos 80. Com tanta iniciativa a decorrer pelos meandros da capital, é provável que tenha que contratar uma secretária e uma empregada doméstica a tempo inteiro.

sexta-feira, novembro 28, 2003

Desviar as atenções
Em qualquer selva e de acordo com a bicharada que anda à solta, devem as primorosas princesas evitar chamar as atenções criando polos de atracção para as dementes criaturas que deambulam próximo do seu reino.
Seguindo esta técnica muito antiga, moi meme, a princesa, pespegou no canto direito deste antro de víboras alguns links para entretenimento dos mesmos, esperando que desamparem o meu castelo.
Quanto à criatura preocupada com o meu lençol, voz de plebeu não chega a castelo meu, que é como quem diz, voz de burro não chega ao céu.



Protestante
Também passei os olhos pelo deslizarnosonho e não foi a guerra que me chamou a atenção. Foi o lençol pendurado na janela da escritora protestante. Fico feliz em saber que a mesma não mora num rés do chão, pois de contrário ficaria com ele a arrastar pelo chão.

quinta-feira, novembro 27, 2003

após ter lido sobre a guerra em deslizarnosonho lembrei-me (do Gil):

"A paz invadiu o meu coração
De repente me encheu de paz
Como se o vento de um tufão
Arrancasse meus pés do chão
Onde eu já não me enterro mais
A paz fez o mar da revolução
Invadir meu destino, a paz
Como aquela grande explosão
Uma bomba sobre o Japão
Fez nascer o Japão na paz
Eu pensei em mim
Eu pensei em ti
Eu chorei por nós
Que contradição
Só a guerra faz
Nosso amor em paz
Eu vim, vim parar na beira do cais
Onde a estrada chegou ao fim
Onde o fim da tarde é lilás
Onde o mar arrebenta em mim
O lamento de tantos "ais""

beijos

Liars: Concerto no Lux
Ontem, fui ao concerto dos Liars no Lux.
A primeira parte esteve a cargo dos X-Wife. Não arrasaram com a sua electrónica, mas mostraram que sabem o que andam cá a fazer. Porém, achei que faltava alguma criatividade na música e especialmente carisma em palco. Como dizem os meus amigos: «Falta rodagem na estrada».
No que respeita a carisma esse não esteve ausente um minuto sequer no concerto. Angus surgiu em palco e talvez devido a um fenómeno congénere australiano fazia lembrar o Nick Cave há uns anos atrás. De qualquer modo, chegou e trouxe com ele o furacão que todos ansiávamos. O caos esteve instalado durante 45 minutos e a atenção do público garantida. A demência do espectáculo foi notória, a música explosiva e os figurinos de Angus e Julian fizeram as delícias da casa. Embora não sendo virtuosos, os Liars mostraram que o movimento post-punk e o electro-clash continuam a ganhar contornos.

PS - Fico a aguardar comentários seguramente mais avalizados das Víboras que me acompanharam.

quarta-feira, novembro 26, 2003

Casa de Passe no Centro de Lisboa
Finalmente descobriram. A mansão de Campo de Ourique de facto esconde uma casa de passe. Os serviços dos prostitutos de luxo Víbora Jesus e Víbora José estão ao dispor das mulheres gulosas, insatisfeitas, sonhadoras...
O preçário é o seguinte e não inclui beijinhos:
- Apalpão na crica: 10,00 euros
- Botão de rosa: 30,00 euros
- Broche: 10,00 euros
- Coito: 25,00 euros
- Coito interrompido: 25,00 euros + 5,00 de concentração
- Fodaço: 40,00 euros
- Massagem: 15,00 euros
- Masturbação: 10,00 euros
- Minete: 20,00 euros
- Palmadas na bufa: 10,00 euros
- Punheta de mamas: 10,00 euros
- Sodomia: 20,00 euros
- Titilar de mamilos: 10,00 euros
Para as mulheres que têm fetiches com anões que os arrastam pelo chão temos ao serviço os recém-chegados pigmeus asiáticos Víbora Gouveia e Víbora Neiva; para aquelas que gostam de divorciados temos o fabuloso Víbora Rapaz; para aquelas que apreciam que lhes meçam a bardanasca temos o viajado Víbora Roque; para as que se deleitam com a fantasia dos casados temos o Víbora Raposo; para as mulheres que deliram com uma bela lambidela temos o Víbora Antunes; para aquelas que gostam de cavalgadas com um homem robusto e ao mesmo tempo com crianças temos o encantador Víbora Correia; para os rabetas e paneleiros temos o depravado Víbora Lavado; para as que gostam de pancadaria à séria temos o Víbora Emídio; para as que gozam com um fodaço à italiana temos o Víbora Berrones; para as que gostam de emprenhar até pela boca temos o Víbora Ricardo; e para as fufas, lésbicas e fessureiras temos um mostruário da melhor qualidade: a conversadora Víbora Lourenço, a dominadora Víbora Emídia; a esguia Víbora Roque versão feminina; a sempre em festa Víbora Castro; a polegarzinha Víbora Mégre; a doutorada Víbora Apolinário; a educadora Víbora Berrones; a selvagem Víbora Nunes; a erudita Víbora Mostardinha e a matadora Víbora Wunderly.
Ficamos a aguardar as reservas...

Atenção!! Nem toda a Víbora mora em Campo de Ourique... Em Odivelas a vida é mais pacata... Mas há muito por onde morder e deixar o nosso veneno...
Pois é, infelizmente não sou uma pessoa desocupada como vocês que não fazem a ponta de um corno e que por isso têm tempo para se alongarem nos textos que escrevem.
Queria apenas felicitá-los por, finalmente, admitirem que a vossa mansão de Campo de Ourique não é mais do que uma casa de engate. Sexo e prazer em troca de uns tustos.
Se quiserem melhorar o negócio, divulguem a tabela de preços e algumas fotos picantes.
Um mau dia para todos nós!

terça-feira, novembro 25, 2003

O mundo dos porquês
Passei os olhos pelo deslizarnosonho. O texto falava da constante procura do ser humano. A escritora interrogava-se sobre o conteúdo da questão. Afinal, o que procuramos todos nós, senão o bem estar e a felicidade, tal como ela própria diz. Contudo, o ser humano como animal racional que é e insatisfeito por natureza, busca eternamente uma felicidade que não é mais do que efémera. Isto porque é momentânea, tangível e cíclica até que a morte nos atinja a todos. Quanto a mim, prefiro viver cada momento da melhor forma e não fazer projectos futuros a longo prazo. Deste modo, cara amiga que desliza nesse sonho, se quiser passe por Campo de Ourique, que eu mostro-lhe o paraíso através do «(...) prazer erótico» que ambiciona. Talvez uma bem dada a faça ouvir o «som do chilrear dos passarinhos» e passe a questionar-se menos sobre questões que seguramente lhe passarão a saber a néctar. No que respeita ao «(...) estrondo dos morteiros no silêncio da noite estrelada (...)», depois de uma bem dada podemos comer uma feijoada e dedicarmo-nos às artes da flatulência

segunda-feira, novembro 24, 2003

Que vivam felizes para sempre!!!
É bem verdade, caros amigos. Sábado, aconteceu o que já ninguém acreditava ser possível e a notícia já corre na boca do povo. Há quem diga que é um fenómeno, uns crêem ser um milagre, outros acreditam na providência, mas eu asseguro-vos que é mais um plano maquinal da pérfida. O que é facto é que a sociedade portuguesa está estarrecida com o sucedido e eu não vou protelar mais o mistério. A Sílvia finalmente conseguiu casar. O desgraçado do músico – o Zé – é que ainda não se apercebeu do caldinho que arranjou, porque a mulher é uma víbora e todos sabemos que o veneno escorre-lhe da boca, às golfadas. Porém, não foi nada que não tenhamos contado ao infeliz. O problema é que ele estava cego. Ela enfeitiçou-o, sabe-se lá como?!
Para aqueles que não conhecem as personagens, a Sílvia é uma jovem empresária que há muito andava a tentar arranjar um casamento conveniente. Não obstante o salário chorudo que saca da empresa, à conta de explorar os funcionários, entre os quais os próprios pais e o seu sócio Raul – uma jóia de rapaz – a bandida queria à viva força aumentar o nível de vida. Nada mais fácil que um matrimónio com um abastado músico da praça nacional, de seu nome Zé. Desta feita, no sábado, à tarde, o enlace realizou-se num antigo convento lisboeta, na companhia das mais ilustres pessoas, nas quais me incluo obviamente. A média de idades dos convivas rondava os 94 anos, o que não me admira em nada, pois bem vi a insidiosa vestida de serapilheira ordinária a arrancar fortunas aos velhotes, entre sorrisos falsos e mesquinhos. Também a mais alta aristocracia europeia esteve representada pelos Duques de Massamá, Pedro e Dora, bem como pelos jovens efebos Vitor, príncipe de Champ d’Oury, e Raul, Marquês de Sant’Ana, acompanhado de uma bela ninfa escandinava de nome Joana. Os padrinhos, esses coitados que “arrotaram” o belo do “guito” à grande e à francesa, foram os insignes Nuno, Conde de Odivelas, e Regina, Marquesa de Aveiro. Em total sofrimento, tiveram que jantar ao lado da “avantesma” que deglutia avidamente pedaços de bacalhau, de boca aberta, mostrando o bolo alimentar. Um espectáculo dantesco indescritível.
O bondoso Vitor tentou salvar a suposta festa, fazendo as vezes de DJ. A ideia teria sido fantástica se não houvesse um senão: A insuportável decidiu também dançar, pontapeando todos aqueles que se acercavam dela. Os poucos convivas que restaram foram desaparecendo sorrateiramente até não se ver vivalma. Contudo, o casamento estava consumado e pobre do Zé teve que levar a dita para Nova Iorque numa suposta lua-de-mel.
A ti, Zé, um grande abraço deste que te estima e a ti, Sílvia, resta-me dizer: Metes-me NOJO!

Víbora Negra

domingo, novembro 23, 2003

O blog está criado com as devidas vénias.
A verborreia vem a caminho.
Preparem-se!...

Víbora Negra

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